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A Federação Mundial da Juventude Democrática e o Conselho Mundial da Paz levaram a cabo uma missão de solidariedade à Palestina de 18 a 22 de Setembro, com a participação de 20 delegados de 14 países, provenientes de organizações filiadas na FMJD e no CMP. A missão Internacional que se realizou a convite do Comité Palestiniano para a Paz e Solidariedade (PCPS), encontrou-se com representantes da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), a Organização de Libertação da Palestina (OLP), o Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), os partidos políticos (FATAH, PPP, FPLP, FDLP), Organizações e movimentos da juventude. As duas Organizações internacionais também se encontraram com representantes do Movimento da Paz em Israel e também com o Partido Comunista de Israel e a Frente pela Paz e Igualdade (Hadash) do Knesset.
Na sequência da bem-sucedida Missão de Solidariedade à Palestina, o Conselho Mundial da Paz e a Federação Mundial da Juventude Democrática reafirmam o seu compromisso, lado a lado com as centenas de milhões de pessoas amantes da paz no mundo, com a Juventude e Estudantes em todos os cantos do mundo, de solidariedade total e incondicional com o povo Palestiniano que sofre um genocídio lento sob a ocupação dos seus territórios.
A questão da actual ocupação da Palestina pelo regime israelita representa um crime contra a humanidade e uma flagrante provocação contra os milhares que sofreram e lutaram pelo ideal nobre da liberdade e da justiça.
Nesta visita vimos e encontrámos: as consequências do Muro que rasga a Margem Ocidental; o crescimento dos colonatos que tentam aniquilar a viabilidade do Estado Palestiniano; o sofrimento de milhares de prisioneiros políticos palestinianos nas prisões israelitas e das suas famílias: a destruição das oliveiras palestinianas que são a principal fonte de rendimentos da Palestina e, nalguns casos, um património natural com centenas de anos; a situação dramática de centenas de milhares de refugiados no seu próprio país que partilham o sofrimento com milhões de palestinianos a viver no estrangeiro e proibidos de voltar devido à brutal ocupação israelita e o controle das fronteiras; as dezenas de postos de controlo na Margem Ocidental e em Jerusalém; a discriminação dos israelitas árabes em todas as
esferas da vida e a demolição das suas casas; as tentativas do governo israelita que visa a judaização do Estado israelita.
Apesar das muitas concessões feitas durante anos pelo lado palestiniano com vista a obter uma solução viável e justa, os governos de Israel e o actual, recusam aceitar o direito do povo palestiniano a um Estado independente ao lado de Israel.
Manifestamos a nossa sincera e completa solidariedade aos homens e mulheres palestinianos, à juventude e estudantes na Faixa de Gaza, na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental no seu desejo de acabar com a humilhação, a descriminação e a ocupação. Manifestamos também a nossa solidariedade às forces amantes da paz dentro de Israel que lutam ao lado dos palestinianos pela paz, justice, igualdade e o fim da ocupação dos territórios palestinianos.
Condenamos o apoio que o imperialismo, em primeiro lugar os EUA, vem dando há anos à ocupação israelita da Palestina e a política de cumplicidade da U.E. que finge manter uma “equidistância” entre os agressores e as vítimas, mas na verdade apoia os agressores
A mão do imperialismo ficou mais uma vez visível este ano quando, apesar da razão e do apoio maciço de países em todo o mundo, os EUA e os seus aliados da U.E. bloquearam a resolução da ONU que reconhecia o Estado independente da Palestina nas fronteiras de 4 de Junho de 1967 e com Jerusalém Oriental como a sua capital. Este facto também demonstra a atitude imperialista perante a vontade e decisão da Assembleia Geral da ONU, que apoia maioritariamente a resolução sobre a Palestina. Continuamos a apoiar e exigir o reconhecimento e a adesão da Palestina com membro de pleno direito das Nações Unidas.
Permanecendo ao lado do agressor e ocupante israelita, estes protagonistas da ordem mundial imperialista revelaram a sua verdadeira natureza já que toleram os massacres arbitrários, deslocações, torturas e prisões da juventude e do povo palestiniano e a sua continuação.
Com esta acção provaram uma vez mais que quando pedem e levam a cabo intervenções militares na Jugoslávia, Afeganistão. Iraque e Líbia, os imperialistas querem apenas implementar os seus planos imperialistas, nomeadamente o plano do “Novo Oriente Médio” com políticas de bombardeamento e pilhagem e nem por um segundo defendem os direitos humanos de quem quer que seja como alegaram hipocritamente.
Nesta altura crítica, o CMP e FMJD sublinham todo o seu apoio à continuação da luta da juventude e povo palestiniano, certos de que embora o caminho da resistência popular contra a ocupação e agressão possa ser longo, ela conduzirá
certamente à vitória final, à criação do Estado independente da Palestina, nas fronteiras de Junho de 1967 e com Jerusalém Oriental como sua capital.
Budapeste/Atenas, 1 de Outubro de 2011
O Conselho Coordenador da FMJD/O Secretariado do CMP