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No seguimento das acções decididas na reunião das organizações Europeias membro do Conselho Mundial da Paz (CMP), em Londres a 26 de Maio, e da consulta das organizações Europeias membros do CMP, divulgamos o texto "Lutar pela Abolição de todas as Armas Nucleares!", e a imagem que o acompanha, para coincidir com o 26 de Setembro, declarada pelas Nações Unidas como Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares.

LUTAR PELA ABOLIÇÃO DE TODAS AS ARMAS NUCLEARES!

Neste Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, afirmamos a nossa posição de princípio e exigência da abolição de todas as Armas Nucleares, pelo fim do desenvolvimento e teste de todo o armamento nuclear, e pelo fim de todas as armas de destruição massiva.

Hoje, considerando a dimensão e poder dos arsenais nucleares existentes, uma guerra nuclear entre os principais poderes nucleares não estaria limitada a reproduzir o horror vivido em Hiroxima e Nagasaki há mais de 70 anos, mas iria multiplicá-lo. Milhões de seres humanos morreriam no momento das explosões e meses seguintes, com os efeitos da radiação sobre a saúde e ambiente persistindo durante muitos anos, com consequências catastróficas, incluindo o chamado "inverno nuclear". Tal guerra iria comprometer a sobrevivência da própria humanidade.

Actualmente, existem mais de 15 mil ogivas nucleares no mundo, nos arsenais de nove países (os EUA, Federação Russa, Reino Unido, França, China, Israel, Índia, Paquistão e a República Popular Democrática da Coreia). Cinco países (Alemanha, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia) albergam formalmente armas nucleares dos EUA. Os EUA e outros estados membros da NATO, em particular, também dispersam pelo mundo, em numerosas bases militares e frotas navais, este tipo de arma. Os EUA, no seu conceito estratégico, admitem o uso de armas nucleares num primeiro ataque, posição que a NATO também segue.

Recordando que o Apelo de Estocolmo, uma grande iniciativa histórica do CMP, assinado por centenas de milhares de pessoas no mundo, sobre a ameaça de uso destas armas, após quase 70 anos permanece actual e continua a servir de guia para a nossa acção, apelamos a todos os povos que amam a paz que renovem e reforcem a exigência e acção pela abolição de todas as Armas Nucleares!

No caminho necessário da defesa da paz, de desanuviamento nas relações internacionais, de fim da corrida de armas e pela promoção de passos para um desarmamento universal, simultâneo e controlado, consideramos que o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares (adoptado a 7 de Julho de 2017) é um marco conduzindo para a total eliminação destas armas. A sua entrada em vigor seria um passo importante na remoção da ameaça criada pela existência de armas nucleares, pela qual todos os Estados deverão assinar o tratado para a proibição de armas nucleares sem demora.

26 de Setembro, 2018

Organizações Europeias membro do Conselho Mundial da Paz