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O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) denuncia, mais uma vez, a agressividade do imperialismo norte-americano contra os estados das Caraíbas que não aceitam prestar-lhe vassalagem – nomeadamente, Cuba – sublinhando que não só não diminuiu como, pelo contrário, recrudesceu com a atual pandemia.
Procurando potenciar as dificuldades e problemas com que Cuba se defronta em razão da pandemia Covid 19 - tal como a generalidade dos países do mundo -, o governo dos Estados Unidos intensificou a partir de janeiro deste ano a guerra não declarada que move a esse estado vai para 60 anos, causando um prejuízo de mais de 130 mil milhões de dólares, de acordo com uma estimativa das Nações Unidas, dos quais quatro mil milhões só em 2018/19.
Ao agravamento de medidas visando atingir os fluxos monetários e a importante indústria de turismo da ilha, entre outros setores, a administração norte-americana veio juntar o aprofundamento do embargo existente, provocando a escassez de medicamentos e suprimentos médicos, sobretudo no âmbito de doenças graves, e impedindo a importação de bens doados por terceiros para diagnóstico e proteção contra a pandemia.
A situação assim criada teria redundado numa tragédia humana não fosse a notável universalidade e qualidade do serviço de saúde cubano, aliada à resiliência do povo e à competência dos órgãos de soberania de Cuba.
Assim, e apesar das dificuldades causadas, o imperialismo norte-americano viu mais uma vez gorados os seus intentos de destruição de um pilar do estado cubano, e adotou como novo alvo de ataque a assistência médica internacional que Cuba tem vindo a prestar a muitos países – mais de centena e meia, desde os anos sessenta do século passado –, orientada para comunidades conjuntural ou estruturalmente carenciadas de serviços médicos.
Torna-se evidente que, além de perseguir o seu odioso objetivo destrutivo de sempre, o regime norte-americano vê também no prestígio dessa assistência médica internacional uma ameaça à sua própria ideologia de ingerência, fomento da divisão e conflitualidade entre os povos, de “lei do mais forte” que tem vindo a impor ao mundo.
A campanha de demonização lançada contra as missões médicas cubanas para levar à rejeição destas não tem até à data surtido o efeito pretendido pela administração dos Estados Unidos. A generalidade dos países tem-na ignorado e outros retomaram a ajuda de Cuba após um curto período de negação.
O alto nível do serviço de saúde de Cuba, cujas fundações remontam ao início da Revolução, é reconhecido e respeitado pela generalidade dos países desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento e explica o prestígio e recetividade da assistência médica internacional cubana. Pelo seu papel no combate à epidemia de ébola em África, a Organização Mundial de Saúde conferiu à brigada internacional de médicos cubanos “Henry Reeve” o prestigiado Prémio Dr. Lee Jong-Wook de Saúde Pública e encontra-se atualmente em subscrição uma petição para que lhe seja atribuído o Prémio Nobel da Paz pelo seu trabalho no combate à Covid-19 em vários países incluindo Itália.
A Revolução Cubana é um exemplo inspirador e fonte de esperança para todos aqueles que aspiram à paz, progresso social e desenvolvimento soberano. Considerando que o tempo que vivemos requer o combate sem tréguas ao medo e ao isolamento, e o reforço da solidariedade com as causas justas da humanidade, o CPPC apela a todos os democratas para que se mantenham vigilantes e ativos na defesa de Cuba contra os desígnios imperialistas.
Setembro de 2020
Direção Nacional do CPPC